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Doença Arterial Periférica – o que é, sintomas, prevenção e tratamento

Você já sentiu dor ou uma sensação de peso nas pernas ao caminhar, que melhora quando você para para descansar? Esse pode ser um sinal da Doença Arterial Periférica (DAP), uma condição que afeta a circulação do sangue nas pernas e pode indicar problemas mais sérios no sistema cardiovascular.

A DAP acontece quando as artérias que levam sangue para os membros inferiores ficam obstruídas, geralmente por placas de gordura. Isso dificulta a chegada de oxigênio e nutrientes às pernas, provocando sintomas que muitas vezes são ignorados no dia a dia, mas que precisam de atenção.

Neste artigo, você vai entender o que é a DAP, quais são os sintomas mais comuns, os principais fatores de risco e por que é tão importante buscar um cardiologista ao menor sinal de alerta.

O que é Doença Arterial Periférica?

A DAP é causada pelo acúmulo de placas de gordura nas artérias que levam sangue para os braços e, principalmente, para as pernas. Esse processo, chamado de aterosclerose, dificulta ou até bloqueia o fluxo sanguíneo, fazendo com que os tecidos não recebam oxigênio e nutrientes suficientes.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), a DAP afeta cerca de 20% da população acima dos 60 anos, mas também pode ocorrer antes, especialmente em pessoas com fatores de risco cardiovasculares.

Quais são os sintomas?

A DAP pode se desenvolver de forma silenciosa, mas existem sinais de alerta que merecem atenção. Os principais são:

  • Dor ou câimbras nas pernas ao caminhar, principalmente na panturrilha, que melhoram com o repouso
  • Sensação de peso, queimação ou formigamento nos membros inferiores
  • Pés e pernas frios ou com coloração azulada
  • Feridas ou machucados que demoram a cicatrizar
  • Redução de pelos nas pernas ou unhas quebradiças
  • Em casos mais graves, pode haver dor mesmo em repouso ou feridas que evoluem para necrose

Esses sintomas ocorrem porque a musculatura das pernas não está recebendo sangue suficiente durante o esforço físico.

Quem tem mais chance de desenvolver DAP?

Os principais fatores de risco são os mesmos das doenças cardíacas e do AVC:

  • Tabagismo (um dos principais fatores de risco)
  • Hipertensão arterial
  • Colesterol alto
  • Diabetes
  • Obesidade
  • Sedentarismo
  • Idade avançada
  • Histórico familiar de doenças vasculares

Homens são mais frequentemente diagnosticados, mas mulheres, especialmente após a menopausa, também estão em risco. O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações sérias, como amputações e eventos cardiovasculares.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da DAP é clínico, feito com base nos sintomas relatados pelo paciente e confirmado com exames. Os mais comuns são:

  • Índice tornozelo-braquial (ITB): compara a pressão arterial nas pernas e nos braços
  • Ultrassonografia Doppler das artérias: visualiza o fluxo de sangue e a presença de obstruções
  • Angiotomografia ou angiorressonância: para casos mais avançados ou planejamento de procedimentos

Em muitos casos, a DAP pode ser identificada durante um check-up cardiológico, por isso é tão importante manter o acompanhamento médico em dia.

Tem tratamento?

Sim! O tratamento da DAP depende do estágio da doença, mas o objetivo principal é melhorar a circulação, aliviar os sintomas e prevenir complicações. Entre as abordagens estão:

Mudanças no estilo de vida

  • Parar de fumar (fundamental!)
  • Controlar pressão, colesterol e glicose
  • Praticar atividade física regularmente
  • Adotar uma alimentação equilibrada

Medicamentos

  • Vasodilatadores para melhorar o fluxo sanguíneo
  • Antiplaquetários (como AAS) para evitar a formação de coágulos
  • Remédios para controlar fatores de risco (pressão, diabetes, colesterol)

Procedimentos cirúrgicos

Nos casos mais graves, pode ser necessário realizar uma angioplastia (dilatação das artérias com balão e stent) ou cirurgia de revascularização para restabelecer o fluxo sanguíneo.

Como prevenir a Doença Arterial Periférica?

A melhor forma de prevenção é manter o coração saudável como um todo. Isso inclui:

  • Evitar o cigarro
  • Fazer check-ups anuais
  • Controlar o peso
  • Ter uma alimentação rica em fibras, frutas e vegetais
  • Praticar exercícios físicos
  • Tratar condições como hipertensão, colesterol alto e diabetes

Se você já teve sintomas, tem fatores de risco ou histórico familiar de problemas vasculares, é ainda mais importante estar atento.

O Grupo Sirius está aqui para cuidar de você

A Doença Arterial Periférica pode ser silenciosa no início, mas com atenção aos sinais e cuidados preventivos, é possível evitar complicações sérias.

No Grupo Sirius, oferecemos um acompanhamento completo em cardiologia, com exames no local, equipe especializada e estrutura para diagnóstico e tratamento de condições como a DAP.

Se você sente dor ao caminhar ou tem fatores de risco, não espere. Agende sua consulta com um cardiologista e comece a cuidar da sua circulação agora mesmo.

Grupo Sirius — Nós cuidamos de coração.

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GrupoSirius-06-Importância da monitorização da pressão arterial em casa

Qual a importância da monitoração da pressão arterial em casa? 

O conceito de longevidade está ligado a manter um estilo de vida saudável, e muitas são as práticas indicadas, como ter uma alimentação equilibrada e se exercitar. No entanto, o aspecto da monitoração da pressão arterial, por mais simples que seja, costuma ser negligenciado.  

Cerca de 65% dos brasileiros são diagnosticados com hipertensão após os 60 anos, principalmente as mulheres, segundo a Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo).  

Por isso, vamos explicar como a monitorar a pressão arterial com mais frequência pode ser uma forma de prevenir doenças cardiovasculares.  

O que é pressão arterial? 

A pressão arterial é a força que o sangue exerce contra as paredes das artérias enquanto o coração bombeia.  

Essa pressão é expressa em duas leituras: a pressão sistólica (o número mais alto, quando o coração contrai) e a pressão diastólica (o número mais baixo, quando o coração relaxa entre as batidas). E, geralmente, os valores normais ficam em torno de 120/80 mmHg. 

Por que monitorar a pressão arterial em casa? 

Muitas vezes, a pressão alta é assintomática, sendo conhecida como uma condição silenciosa. Isso porque alguns pacientes sofrem da “síndrome do jaleco branco”, que gera uma hipertensão pontual.  

Embora pareça um simples ato, aferir a pressão arterial em casa deixa o paciente atento para possíveis alterações, evitando, assim, uma série de doenças graves. 

Passos para monitorar a pressão arterial em casa 

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), criou algumas diretrizes para aferir a pressão arterial de forma precisa, como esvaziar a bexiga, não realizar exercícios físicos, não ingerir bebida alcoólica e nem fumar 30 minutos antes.  

Escolha do aparelho 
Muitos medidores de pressão arterial estão disponíveis no mercado, desde os manuais até os digitais. Os modelos digitais são os mais indicados pela sua precisão e facilidade de uso. 

Preparação 
Antes de medir a pressão, descanse o corpo por pelo menos 5 minutos. 

Posicionamento correto 
Sente-se em uma cadeira com as costas apoiadas e pés no chão, de forma que o braço esteja relaxado e na altura do coração.  

Medição
Siga as instruções do dispositivo para iniciar a medição e não se esqueça de anotar a leitura, incluindo a data e hora. 

Detecção precoce e controle da própria saúde 

Como vimos, a monitoração da pressão arterial em casa é uma ferramenta poderosa na prevenção e gestão das doenças cardiovasculares.  
 
O hábito traz um maior envolvimento do paciente em sua própria saúde, contudo, mais importante do que optar pelo aparelho correto, é a busca e acompanhamento médico.